O Piemonte fica localizado ao norte da Itália e conta com uma população de 4.406.777 pessoas.
A região é conhecida pela sua variedade turística, com foco em esportes invernais. Concentra também as melhores especialidades culinárias, sendo a pioneira no movimento slow food – que prega a melhoria da qualidade da comida.
O Piemonte foi a primeira região do país a proibir o plantio de transgênico e foi ali que nasceu a primeira cerveja artesanal do país. Também não podemos deixar de lembrar das famosas trufas brancas, assim como das plantações de avelã tonda Gentile, que dão sabor a famosa Nutella.
Se não bastasse tudo isso, Piemonte é conhecida mundialmente pela produção de vinhos, sendo hoje o principal concorrente da França no mercado de luxo de vinhos. Nesse duelo, Itália e França se alternam como maiores produtores de vinhos do mundo (em quantidade de litros). Se na França há uma dicotomia entre os vinhos de Borgonha e Bordeaux, na Itália isso se repete para vinhos do Piemonte e da Toscana, onde há uma disputa acirrada pelo gosto do consumidor.
Vamos conhecer um pouco dos vinhos do Piemonte?
BAROLO
A cidade Barolo, que dá o nome ao vinho mais conhecido da região, fica localizada mais ao sul de Alba. A fama do Barolo só foi aparecer por volta do século XIX. Até esse período a região produzia um vinho sem fama, que não tinha nenhuma semelhança com o vinho que conhecemos hoje, pois eram vinhas mais doces devido a má fermentação da Nebbiolo.
Hoje, Barolo é conhecido e aclamado pelo mundo todo, quando comparado aos grandes Pinot Noir da Borgonha. Eles costumam ser bastante rústicos quando mais jovens, porém, com a evolução em garrafa, eles se tornam vinhos complexos e aromáticos, com aromas de especiarias e couro.
BARBARESCO
Barolo sempre teve a fama de Grande vinho do Piemonte, sem um “concorrente” direto. Porém, hoje, Barolo e Barbaresco possuem uma fama quase que similar. Até o ano de 1960, barbaresco não tinha importância dentro do cenário do vinho.
A reviravolta veio quando um jovem empreendedor resolveu mudar a maneira de produção de uma vinícola familiar, com mais de 100 anos de tradição. Como sua família só possuía propriedade na região de Barbaresco, ele decidiu interromper a compra de uvas da região vizinha, acabando com a produção de Barolo. Essa foi uma decisão audaciosa, uma vez que Barabaresco era uma região desacredita e sem perspectivas. Essa decisão colocou no mundo do vinho um concorrente à altura do Barolo.
BARBERA E DOLCETTO
Que Nebbiolo é a uva tinta mais prestigiada do Piemonte nós já sabemos. O que não podemos deixar de lembrar é que existem duas outras variedades muito conhecidas na região e que produzem excelentes vinhos: a Barbera e a Dolcetto. Enquanto a Nebiollo costuma produzir vinhos mais complexos e que precisam de um certo tempo para se mostrar por completo, Barbera e Dolcetto são vinhos mais fáceis e diretos, mesmo quando consumidos jovens.
Barbera nos traz vinhos mais fragrantes, com muita presença de frutas vermelhas e com uma leve acidez em boca. Barbera D’Asti e Barbera D’Alba são as regiões em destaque na produção dessa variedade.
A Dolcetto costuma ser menos prestigiada que a Nebbiolo e a Barbera, porém produz vinhos ricos em aromas, com predominância de cerejas. São mais fáceis de agradar o paladar de qualquer consumidor e feitos para acompanhar qualquer refeição e qualquer momento. Dolcetto também possui duas denominações principais, Dolcetto D’Asti e Dolcetto D’Alba, sendo que os melhores exemplares costumam vir da região de Alba.
ASTI
A província de Asti fica próxima ao centro da região de Piemonte. Juntamente com Alba, formam um dos povoados mais importantes dessa área. A região tornou-se conhecida pela qualidade das suas uvas da variedade moscatel e principalmente pelo espumante ali produzido.
Moscato d’Asti deu origem ao, hoje muito conhecido, método Asti de fermentação. Esse método é uma variação do método Charmat, pois o processo de fermentação também ocorre dentro de autoclave. A diferença é que o espumante é produzido com apenas uma fermentação, tendo o seu processo interrompido por meio de choque térmico. Isso faz com que a fermentação pare quando o açúcar da uva ainda não foi totalmente transformado em álcool e torna o espumante uma bebida mais adocicada, com um teor alcoólico mais baixo.
E aí? Qual o seu preferido?
Igor Colleta
Sommellier
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